segunda-feira, 4 de junho de 2012

Resumo do filme: O grande ditador


      O Grande Ditador é uma paródia de Chaplin sobre Hitler e o nazismo. Conta a história de um pobre barbeiro judeu que é confundido com o ditador Adenoid Hynkel, ditador da Tomânia.
       O filme começa durante a Primeira Guerra Mundial. Chaplin é um cadete do exército da nação fictícia de Tomania e tenta salvar um soldado chamado Schultz (Reginald Gardiner). O personagem de Chaplin perde a memória quando o avião dos dois colide com uma árvore. Schultz escapa das ferragens, e Chaplin passa seus próximos vinte anos no hospital, enquanto muitas mudanças acontecem em Tomania: Adenoid Hynkel (também interpretado por Chaplin), agora o grande ditador da Tomania, perseguia judeus com a ajuda dos ministros Garbitsch (Henry Daniell) e Herring (Billy Gilbert).
      Curado, mas ainda com amnésia, Chaplin retorna à sua barbearia no gueto judeu, ainda sem saber da situação política da Tomania. O barbeiro fica chocado quando tropas de choque quebram a janela de sua loja. Encontra, depois, um amor, Hannah, uma linda moradora do gueto.
      Enquanto isso, Schultz, que recebeu várias promoções nesses vinte anos, reconhece o barbeiro e dá ordens às tropas de deixá-lo em paz. Hynkel tenta diminuir a repressão aos judeus quando uma oportunidade de negócios com um rico empresário judeu surge. Hynkel começa a ficar obcecado com poder, e aspira a dominação mundial. Há uma cena clássica onde Hynkel brinca com um globo inflável, para acidentalmente estourá-lo no final. Eventualmente, o empresário judeu recusa o acordo, e Hynkel reinstaura a perseguição aos judeus.
      Schultz é contra a invasão ao gueto que Hynkel está planejando. O ditador manda o general para um campo de concentração. Schultz foge para o gueto e começa a planejar junto com os outros moradores do lugar uma forma de tirar Adenois Hynkel do poder. No fim, ambos Schultz e seu amigo barbeiro são presos.
       Hynkel tenta conseguir o apoio de Benzito Napanoli (Jack Oakie), ditador de Bacteria, para ajudá-lo na invasão de Osterlich. Depois de muitos conflitos (incluindo guerra de comida) entre os líderes, a invasão ocorre com sucesso. Hannah, que tinha fugido para Osterlich com seu pai, mais uma vez se encontra encurralada pelo regime de Hynkel.
O Barbeiro: sequências tão memoráveis quanto a do ditador Hynkel.
     Schultz e o barbeiro escapam do campo de concentração usando uniformes de soldados. Guardas confundem o barbeiro com o ditador Hynkel (com quem ele se parece muito). Ao mesmo tempo, Hynkel é preso pelos seus próprios soldados que acreditam que se trata do barbeiro.
      O barbeiro, que havia assumido a identidade de Hynkel, é levado para a capital da Tolmania para um discurso de vitória. Tal discurso é o total oposto das idéias anti-semitas de Hynkel, expõem idéias democráticas há muito na cabeça do barbeiro.
      Hannah ouve a voz do barbeiro no rádio, e fica surpresa quando ele se dirige a ela: "Hannah, está me ouvindo? Onde quer que esteja, olhe para cima! Olhe para cima, Hannah! As nuvens estão subindo, o sol está abrindo caminho! Estamos fora das trevas, indo em direção à luz! Estamos indo para um novo mundo; um mundo mais feliz, onde os homens vencerão a ganância, o ódio e a brutalidade. Olhe, Hannah!"
        O filme termina com Hannah olhando para cima, com um sorriso no rosto.

sábado, 26 de maio de 2012

Resumo do filme: Tempos Modernos


Na época da revolução industrial, os trabalhadores eram vistos como ''objetos'' pois a única coisa que realmente importava era o lucro. O filme tempos modernos retrata exatamente esta realidade em diversos momentos como, por exemplo, no tempo de almoço dos trabalhadores que era visto como prejuízo, as empresas buscavam uma forma de seus empregados almoçarem e trabalharem ao mesmo tempo, como retratado no filme, sempre visando ao lucro acima de tudo; os trabalhadores enfrentavam uma carga horária de trabalho absurda, praticamente o dobro dos dias de hoje e não tinham os seus direitos garantidos por lei.
O filme conta a história de um operário e uma jovem. Charles Chaplin é um operário empregado de uma grande fábrica, esse operário desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos, de tanto apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com parafusos. Ele é despedido e logo em seguida, internado em um hospital. Após ficar algum tempo internado sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe: a correria diária, poluição sonora, confusões entre as pessoas, congestionamentos, multidões nas ruas, desemprego, fome, miséria...
Logo que sai do hospital se depara com a fábrica fechada, ao passar pela rua nota um pano vermelho caindo de um caminhão ao empunhar o pano na tentativa de devolvê-lo ao motorista do caminhão, atrai um grupo enorme de manifestantes que passava por ali, por engano a polícia o prende como líder comunista, simplesmente pelo fato de ele estar agitando um pano vermelho parecido com uma bandeira em frente a uma manifestação. Após passar um tempo preso o operário é solto pela polícia por agradecimento, uma vez que ajudou na prisão de um traficante de cocaína que tentava fugir da prisão.
Nesse momento surge a outra personagem do filme, uma menina do cais que se recusa a passar fome, a jovem (Paulette Goddard), vivendo na miséria tem de roubar alimentos para comer pois, além disso mora com as suas duas irmãs menores, seu pai está desempregado e as três são órfãs de mãe. O pai morre durante uma manifestação de desempregados e as duas pequenas são internadas em um orfanato, a moça foge para não ser internada e volta a roubar comida, ela conhece o operário depois de roubar o pão de uma senhora, a polícia vai prendê-la e o operário assume a autoria do assalto, a polícia o prende, mas o solta em seguida após descobrir o engano. Quando vê a moça sendo presa, o operário arma um esquema para ser preso também, rouba comida em um restaurante, são colocados no mesmo camburão e durante um acidente com o carro, os dois fogem e vão morar juntos.
O operário, nosso querido Carlitos  procura emprego e consegue um como segurança em uma loja de departamentos, logo é despedido por não ter conseguido evitar um assalto e por dormir no serviço. No entanto, consegue emprego em outra fábrica, consertando máquinas. Durante uma greve na fábrica, Carlitos é preso mais uma vez, agora por desacato à autoridade policial, alguns dias depois, ele é liberado e a jovem o espera na saída da prisão para levá-lo a nova casa, um barraco de madeira perto de um lago.
A jovem consegue um emprego em um café com dançarina e arruma outro para Carlitos, só que como garçom/ cantor. Os dois são um sucesso, principalmente Carlitos que durante uma improvisação de uma música, arranca milhares de aplausos dos presentes ao café.
Para estragar a festa, surge novamente a polícia desta vez com uma caderneta com os dados da moça e uma ordem para prender a jovem em um orfanato, Carlitos e a moça fogem e terão de começar tudo novamente.

Propaganda Nazista


A Propaganda, a tentativa coordenada para influenciar a opinião pública através da utilização de meios de comunicação, foi habilmente utilizada pelo partido nazista, nos anos que antecederam e durante a liderança de Adolf Hitler da Alemanha (1933-1945). A propaganda nazista forneceu um instrumento crucial para a aquisição e manutenção do poder, e para a implementação das suas políticas, incluindo o exercício de guerra total e do extermínio de milhões de pessoas pelo Holocausto. A utilização generalizada da propaganda pelos nazistas é o grande responsável pela palavra "propaganda" adquirir no presente conotações negativas.
A divisão nazista da SS, a qual não fazia
parte da Wehrmacht, tinha seu recrutamento
também como alvo da propaganda nazista.
 Durante a Segunda Guerra Mundial, as técnicas de propaganda foram cientificamente organizadas e aplicadas para influenciar a opinião pública a entrar na guerra ao lado da Inglaterra. Hitler interessava-se e admirava os modelos de propaganda utilizados pelos ingleses.
Fazer uma propaganda popular, feita para as massas e repetitiva era o objetivo constante de Hitler. A propaganda nazista buscava atingir o emocional das grandes massas, gerar uma concepção apaixonada sobre a mensagem emitida.
Quando subiu ao poder em 1933, Hitler estabeleceu um ministério da propaganda dirigido por Joseph Goebbles. Em Berlim, Goebbles torna-se o editor do jornal “Der Angrif” (O Ataque), que publicava constantemente difamações anti-semitas.
Os objetivos do ministério eram assegurar que a mensagem nazista fosse espalhada através da arte, música, teatro, filmes, livros, rádio, material educacional e imprensa. O ministro da propaganda, Goebbles, tinha duas tarefas principais: assegurar que ninguém na Alemanha lia ou via ideias contrárias ao Partido Nazista e assegurar que as ideias Nazistas fossem expostas da maneira mais persuasiva possível.
Na propaganda nazista predominou a cinematografia, o crescimento político do partido nazista deveu-se a intensa utilização do cinema, Goebbels, o cinema era o meio mais moderno de influenciar a população na época.
Foram produzidos cerca de 1.350 longas-metragens nos doze anos de nazismo. A produção abrangia comédias, musicais, operetas, filmes de guerra e documentários que exaltavam o racismo e a xenofobia.
Os primeiros filmes foram de temas ideológicos, com o objetivo de exaltar a militância partidária. Nos temas de guerra, o cinema nazista exaltava o heroísmo do regime e a brutalidade do inimigo.
Nos filmes nazistas, os ingleses e os russos eram os principais inimigos dos alemães. Os ingleses eram apresentados como fracos e ridículos; imperialistas e opressores. Os russos nestes filmes eram brutos e alcoólicos.
 Na guerra, o objetivo da propaganda é sempre provocar o ódio. “A propaganda consiste em forçar uma doutrina nos povos inteiros. A propaganda atua na sociedade, no ponto de vista de uma ideia e falas maduras para a vitória desta ideia.” – palavras de Hitler no seu livro Mein Kampf.



As influencias da escola de Frankfurt no nazismo




Max Horkheimer e Theodor Adorno
Na primeira metade do século XX, um grupo de intelectuais (filósofos e pensadores de outras áreas) alemães resolveram formar um grupo de estudos e discussão de temas e ideias diversos. Era formado, em boa parte, por intelectuais de origem judaica. Dentre eles, destacaram-se Theodor Adorno (1903 – 1969), Max Horkheimer (1895 – 1973), Walter Benjamin (1892 – 1940), Herbert Marcuse (1898 – 1979), Jürgen Habermas (1929...) dentre outros. Estavam ligados ao Instituto de Pesquisas Sociais, da Universidade de Frankfurt.
Os membros vivenciaram na pele os problemas advindos da dominação nazista na Alemanha e em outras partes da Europa, bem como suas consequências, como a perseguição implacável contra os judeus, o extermínio de muitos destes e a II Guerra Mundial. Sendo judeus, boa parte deles conseguiu fugir para outros países, principalmente os Estados Unidos da América, vindo a tornar-se, neste último, professores em grandes universidades. Sem dúvida, os E.U.A. beneficiaram-se muito da fuga ou deportação de intelectuais judeus da Europa. Walter Benjamin, desesperado num momento de sua tentativa de fuga, acabou por cometer suicídio.
Esses intelectuais foram fortemente influenciados pelo pensamento marxista, pelos estudos de Freud e outros pensadores anteriores e de seu tempo, bem como pelos acontecimentos que vivenciaram ao longo das décadas. Dentre os temas estudados por eles encontram-se a indústria cultural, o nazismo, a música, capitalismo, socialismo, economia e outros temas sócio-históricos e filosóficos.
Escola de Frankfurt
O trabalho teórico da Escola de Frankfurt tomou o nome de Teoria Crítica. James Bohman assim define: “Teoria Crítica” em sentido restrito designa várias gerações de filósofos e teóricos sociais, na tradição marxista europeia ocidental, conhecidos como Escola de Frankfurt. De acordo com esses teóricos, uma teoria ‘crítica’ pode ser distinguida de uma teoria ‘tradicional’ de acordo com um propósito prático: uma teoria é crítica pela extensão com que procura a emancipação humana, ‘liberar os seres humanos das circunstâncias que os escravizam’ (Horkheimer 1982, 244). Porque tais teorias objetivam explicar e transformar todas as circunstâncias que escravizam o os seres humanos, muitas ‘teorias críticas, em um sentido amplo, têm sido desenvolvidas. Elas têm emergido em conexão com muitos movimentos sociais que identificam variadas dimensões da dominação dos seres humanos nas modernas sociedades.”
Pode-se ver, no comentário feito por Bohman, o acento fortemente marxista da teoria crítica, da Escola de Frankfurt, ainda que não se ativesse exclusivamente ao marxismo. Vale lembrar que Marx e Engels, como outros seguidores de suas ideias o farão, de fato, propuseram a luta pela libertação, pela emancipação, da classe trabalhadora, opondo-se radicalmente à exploração capitalista. A Teoria Crítica, portanto, retoma a tradição marxista, fazendo uma análise crítica (problematizadora, questionadora, radical e minuciosa) dos fundamentos do capitalismo, tendo como ponto de partida, sem dúvida, as descobertas e as análises feitas por Marx e Engels, principalmente, e por outros teóricos da linha marxista. Eles também fizeram intensas e profundas análises do capitalismo, dispondo de bons conhecimentos da história do capitalismo e observando bem os acontecimentos de seu tempo, vários dos quais foram, de forma mais detida e minuciosa, investigados e tratados por eles em suas obras. Dois pequenos exemplos disto foram a indústria cultural e o nazi-fascismo.
No que diz respeito à indústria cultural, por exemplo, Adorno e Horkheimer falam de uma indústria elaborada, ao longo do tempo, pelo próprio sistema capitalista cuja finalidade é produzir e vender produtos culturais, como a música, o cinema, etc. Uma indústria com forte acento sobre o consumismo e cujos produtos têm pouca duração, porém constantemente renováveis, contribuindo para o aumento do capital dos grandes empresários e levando muitos à alienação e até à perda da própria identidade. No campo da música industrializada, Adorno percebeu o quanto ela é repetitiva, sem riqueza polifônica e feita para atrair multidões, ganhando sua adesão, como os demais produtos da indústria cultural.
Curiosamente, até hoje, em pleno século XXI, persiste firmemente essa indústria cultural, ainda mais aperfeiçoada e bem montada, vendendo produtos diversos, com destaque para as músicas e os filmes hollywoodianos, dentre outros, até mesmo livros, como os de auto-ajuda, de culinária, etc.! Juntamente com filmes e desenhos animados, outras indústrias se adaptam às ideias, mensagens e heróis que divulgam, aproveitando-se para também vender seus respectivos produtos: alimentos, brinquedos, roupas, etc. A indústria da moda é outro grande exemplo, sempre renovando o seu perfil e seus visuais, buscando atrair mais e mais consumidores. De fato, o consumismo é extremamente incentivado, principalmente com o auxílio dos meios de comunicação social (televisão, rádio, revistas, etc.), aumentando o capital e enriquecendo, cada vez mais, os capitalistas. A análise de Adorno e Horkheimer, como se vê, continua ainda muito atual ao adaptar-se aos tempos presentes.
O nazismo e o fascismo também foram muito estudados pelos membros da Escola de Frankfurt. Fascistas e nazistas conseguiram obter muitos membros e alcançar a aceitação de muitas pessoas, de grandes massas, em suas respectivas nações – Alemanha e Itália. Contudo, foram também cercados de horrores, como os da II Guerra Mundial e até mesmo anteriores a ela, como a Guerra Espanhola. As barbaridades e atrocidades cometidas pelos fasci-nazistas foram objeto de muitos debates entre os membros do Instituto de Pesquisas, que viam aí desfigurada a humanidade das pessoas.
O fascismo e o nazismo souberam articular propaganda intensa, conflitos sociais e outros. A ideologia do partido forte, capaz de dirigir a nação e resolver seus problemas, mexia na mente das pessoas, levando-as à aceitação, muitas vezes passiva, de valores e ideais determinados (como o ideal da raça pura, ariana), conforme os interesses dos grupos econômicos e políticos que se encontravam por trás dos bastidores do poder e que apoiavam os partidos fascista e nazista.
Ao longo dos anos que se seguiram ao final da II Guerra Mundial (1945), houve retorno de membros da Escola de Frankfurt, mas também houve os que preferiram ficar no exílio. Algumas décadas depois, com os falecimentos desses mesmos membros, a Escola acabou por fechar-se. No entanto, deixou sua marca e suas valiosíssimas e riquíssimas contribuições por meio dos estudos e das discussões que realizou.