Na época da revolução
industrial, os trabalhadores eram vistos como ''objetos'' pois a única coisa
que realmente importava era o lucro. O filme tempos modernos retrata exatamente
esta realidade em diversos momentos como, por exemplo, no tempo de almoço dos
trabalhadores que era visto como prejuízo, as empresas buscavam uma forma de
seus empregados almoçarem e trabalharem ao mesmo tempo, como retratado no
filme, sempre visando ao lucro acima de tudo; os trabalhadores enfrentavam uma
carga horária de trabalho absurda, praticamente o dobro dos dias de hoje e não
tinham os seus direitos garantidos por lei.
O filme conta a história de
um operário e uma jovem. Charles Chaplin é um operário empregado de uma grande
fábrica, esse operário desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos, de
tanto apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, perde a
razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com
parafusos. Ele é despedido e logo em seguida, internado em um hospital. Após
ficar algum tempo internado sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de
estafa que a vida moderna impõe: a correria diária, poluição sonora, confusões
entre as pessoas, congestionamentos, multidões nas ruas, desemprego, fome, miséria...
Logo que sai do hospital se
depara com a fábrica fechada, ao passar pela rua nota um pano vermelho caindo
de um caminhão ao empunhar o pano na tentativa de devolvê-lo ao motorista do
caminhão, atrai um grupo enorme de manifestantes que passava por ali, por
engano a polícia o prende como líder comunista, simplesmente pelo fato de ele
estar agitando um pano vermelho parecido com uma bandeira em frente a uma
manifestação. Após passar um tempo preso o operário é solto pela polícia por
agradecimento, uma vez que ajudou na prisão de um traficante de cocaína que
tentava fugir da prisão.
Nesse momento surge a outra
personagem do filme, uma menina do cais que se recusa a passar fome, a jovem (Paulette
Goddard), vivendo na miséria tem de roubar alimentos para comer pois, além
disso mora com as suas duas irmãs menores, seu pai está desempregado e as três
são órfãs de mãe. O pai morre durante uma manifestação de desempregados e as
duas pequenas são internadas em um orfanato, a moça foge para não ser internada
e volta a roubar comida, ela conhece o operário depois de roubar o pão de uma
senhora, a polícia vai prendê-la e o operário assume a autoria do assalto, a
polícia o prende, mas o solta em seguida após descobrir o engano. Quando vê a
moça sendo presa, o operário arma um esquema para ser preso também, rouba
comida em um restaurante, são colocados no mesmo camburão e durante um acidente
com o carro, os dois fogem e vão morar juntos.
O operário, nosso querido
Carlitos procura emprego e consegue um
como segurança em uma loja de departamentos, logo é despedido por não ter
conseguido evitar um assalto e por dormir no serviço. No entanto, consegue
emprego em outra fábrica, consertando máquinas. Durante uma greve na fábrica,
Carlitos é preso mais uma vez, agora por desacato à autoridade policial, alguns
dias depois, ele é liberado e a jovem o espera na saída da prisão para levá-lo
a nova casa, um barraco de madeira perto de um lago.
A jovem consegue um emprego
em um café com dançarina e arruma outro para Carlitos, só que como garçom/
cantor. Os dois são
um sucesso, principalmente Carlitos que durante uma improvisação de uma música,
arranca milhares de aplausos dos presentes ao café.
Para estragar a festa, surge
novamente a polícia desta vez com uma caderneta com os dados da moça e uma
ordem para prender a jovem em um orfanato, Carlitos e a moça fogem e terão de
começar tudo novamente.
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